O amargo das horas
O fosco embaçando os olhos..
As paisagens mesmas:
Mil rostos e nenhuma centelha.
Tudo gente morta!
Cá estou eu também:
Uma morta que pensa.
Por que caio em lugares de gente sem alma?
Período purgatório...
Quando é que a vida chega?
Ou quando cessa de vez...
Ar! Please.
Ar para meus pulmões cheio de lágrimas!
Luz para minhas células!
Vem, vida, sái do onírico!
Irrompa esta realidade!
Quero beijar-te a face rubra e cândida.
Saia. Entre. Seja ar!
Quero beijar-te a face rubra e cândida.
Saia. Entre. Seja ar!
Seja amar! Me águe, me regue, me alimente
Vida quente, me dance, me voe, me movimente!
Vida quente, me dance, me voe, me movimente!
Juliana Ponciri
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