domingo, 11 de setembro de 2011

Espasmo Lunares

11 de setembro
Lua cheia
Vaguidão
Seco breu de luzes assustadas de não ser
Acidentes
Carros
Pessoas
Acasos
Vermes que rastejam sua existência
Ência
Ente que não é
Voz de não-ser sufocando na garganta
Adrenalina
Endorfina
Analgésico
Tudo é tédio sobre tédio
Tudo é dor e gente
Tudo é apelo e solidão
Tire seus olhos sujos de mim que eu quero passar
Preciso respirar de mim
Fujo
Corro
Vou
Espaço
Tempo
Lampejo
Vôo
Parada
...
Para onde?
Mas um gole de nadas por favor
Preciso curar esta torre!
Cismar
Quando estou quero voltar
E quando chego que rumar
Liberdade prisão
Repouso o carro no portão
E a sombra da grade bate em mim
Revelando assim meu disfarce
Atada de não-ser
Dor de viver...
O novo, o novo, o novo por favor!
O homem velho me embrulha
A casa velha me embrulha
O olhar velho me embrulhaaaaaa
Eu sou um embrulho:
Sim, eis-me aqui: presente sem futuro.
Vertigem da noite
Luz que nunca vem
Aniquilamento
Amnésia de mim
Já existiu eu?
Fuga
Mortes ácidas
Azia
Espasmo lunares
Espera
Espera
Espera.

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