terça-feira, 8 de junho de 2010

É... este é o mundo, raimundo: um absurto.

Às vezes o mundo nausea-me desnorteadamente.

É madrugada.
A fadiga e o peso da luz amarela e articifial sobre meus olhos,
O som do motor da geladeira na cozinha,
O tic-tac do relógio na sala,
O cooler do computador no quarto...
Não há saída: para onde quer que eu fuja
a artificialidade do mundo vêm atrás,
como uma sombra da tenumbra de me ser.

Isso estressa meus sentidos
Minh'alma quer pular desesperadamente do meu corpo
Em busca de um verso, de uma rima, de uma VIDA! aaaaaaarrr!

Eu grito pra dentro aquilo que não silencia
Meus dias instauram em mim a agonia.
Chamo a isso de desvida,
Pois é a ausência de tudo quanto é vivo e autêntico em mim.
Talvez o inferno de que Boff falava...

Eu até que podia entorpercer-me como todos o fazem
de alcool, maconha ou mesmo de sono...
mas NÃO.
Sigo aqui inevitavelmente acordada,
Teoricamnte desperta pro mundo e pra mim
Ouvindo, ainda que com considerável esforço,
o correr do sangue amarelo em minha veias
e o disrítmico pulsar do meu corpo-agonia que bradeja socorro...

Ahhhh sonhar sempre é bom... ^^

Vida nova seria encontrar teu corpo no nosso abraço
inaugurando denovo a energia que gera paz
a renovAção de tudo quanto é velho e desusado em mim...

Vida nova seria ouvir uma estrela,
os grilhos ou
um cachorro em latidos longíquos...

Vida nova seria ouvir a brisa da noite em seu canto magistral
convidando as folhas das copas das árvores prum balé...

Vida nova seria sentir o movimento do universo
pr'eu saber que inda estou VIVA.

Quero brincar de mundo, de existir...
Cadê você que não me encontra pr'essa valsa?

Juliana Ponciri, Bsb, 09/06/2010, 04:01.

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