Sugando minh'alma tenazmente para dentro do teu lugar...
Teu corpo-lugar tão seu e...meu.
Estando em ti, nada me sobra, nada me sombra
Estando em ti, nada me sobra, nada me sombra
Acima de mim uma luz
Giro em volta a mim e nada se marca no chão...
Diluída. Dilatada. Evaporada.
Se te saio, me saio também.
Instaurado estranhamento!
Des-posse, medo...
Teu abraço, laço seguro.
Teu abraço, laço seguro.
Momento em que se confirma o é da coisa que apenas é.
Teu elo, corrente que ata meus abismos.
Já vais?
E a corrente?
Foste.
Sentidos dessentidos, desnorteados...
Me jogaram inseticida?
Barata em geografia enlouquecida sou.
Campo descampado
Mapa fervil destampado
Vazando o calor da fervura de meus poros eriçados...
Vazando o calor da fervura de meus poros eriçados...
Alma vazando...
des-gelo...
des-gelo...
E eu indo...
Meu olhar segue acompanhando-te
Enquanto gotejo es-vaziando-nos
ping. ping. ping...
ping. ping. ping...
Esvou-me... lentamente...
Sólida a líquida...
Sólida a líquida...
Gasosa.
Secando, minguando, irrizando...
Ex-perando.
Juliana Ponciri, 18/07/2010
Juliana Ponciri, 18/07/2010
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