A Dario Pouso
Na noite tudo é mutável
O silêncio rompe a poeira do canto
O motor da geladeira faz o gelo lá
E a vida se resume a espasmos.
O tempo me traz a vontade de me ser
Eu queria ousar o eu
Enigma tão indecifrável...
Óh esconderijo cavernoso
Onde só ouço o eco do meu grito
Vomitai-me por favor
Eu não quero o teu abrigo...
Os meses, dias e as horas vão
Jogam-se do parapeito
E meu peito segue
Atirando flechas a esmo
Para onde as horas vão que não me chamam?
Eu queria companhia
Mas eu me recuso a sedativos
Eu não quero anestesias
Não quero remediar, postergar
Eu quero a solução
Infinita mesmo que momentânea
Eu sei que as oportunidades não caem do céu
Nem as estrelas caem...
Por isso eu vivo obstinada a peregrinar
Caminhos tão diversos do meu inverso
Quanto mais vejo diferentes as passagens
Mais resulta o fim delas é comum
E cái sempre na vala do banal...
Do carnal...
Do bossal...
Do animal...
Nada espiritual!
Mas em ti a chegada foi no racional
Pausa no pouso causal
Mente que mente
E reluta...
Demente.
Criativando vira loucura
Quando transcende.
Ele dorme
E o pulso é latente
Duas vidas declinam
Em direção ao poente...
Um desejo presente:
Amanhecer em julho amando
Naturalmente.
Juliana Ponciri, 28/07/2009.
Olá Juliana,
ResponderExcluirgostei do seu blog e dos seus escritos
voltarei!
visite meu blog tb
wwwpreteritosmatinais.blogspot.com
bjs
paz e bem e boa sexta-feira
Caríssima,
ResponderExcluirsobre o seu comentário no meu blog, ah lua tem total poder sobre mim também, sou uma filha do sol, totalmente lunar..rs
bjs
obrigada pela visita
paz e bem