♫ "Nada sei desta vida. Sigo sem saber.
Sou errada, sou errante
Sempre na estrada, Sempre distante." ♪
Sou estrada.
E paralela a mim, caminho.
Onde hei de me encontrar?
Só mesmo mirando ao infinito eu me uno a mim.
Então peço de alma ao destino:
Infinita-me!
É tarde e volto de uma viagem que não fui.
Queria ouvir música.
Todavia este silêncio grita tão alto que...
Chega de estridências!
Já sou cega de tantas respostas...
Fecharei meus olhos e abrirei o ouvido interno...
Tão desafinada música me habita
Com essa melodia monótona e depressiva
e ao mesmo tempo gritante e desesperada.
Preciso harmonizar-me.
Silencio.
Vaguidão de não-lugar neste espaço mínimo cerrado
Dasabitação. Territórios de não-eu...
Deleeeeeeeeeuze me livre!!!
Latência rizomática que tenta uma forma
Inútil. Tão liqüefeita sou...
Cabe tanto verso nesta pausa que.
Vontade de. e de...
Calo.
Eu me tento e não me saio.
Contraditório. Silábico. Simbólico.
Imanóico. Emanóico. Paranóico.
Disforme. Distoante. Diabólico.
Diadórico. Con-fusão de Rosas
Veredas indecifráveis... vastas, ermas.
Nesta bucolia metanóica desconhecida
Sigo o passo sendo de não ser
Mas é preciso caminhar, quizás navegar
Voar? Ahhhh utopia desta apnéia apatia
Seria tão êxtase poder... e estar.
Em que ato se encontra minha transcendência?
Medito.
Vou me despetalando para tentar renascer maior
Meio girassol tonto de girar
Muita luz ante minh'escuridão!
Ofusco-me, nauseio-me, recuso-me...
Recluo-me.
Fato é que cansada estou deste caminhar sem rumo.
Mas os sapatos gastados pesam menos.
Saber ter me livrado de alguns fardos me sereniza.
Todavia me pergunto: gestaram ou gestarão flores meus frutos?
Primaveras de não veras
Quizás meus frutos foram inférteis
Valem frutos de um flor que se doa seca?
Colore as sementes gestadas sem beija-flor?
Ne sais pas. rien.
Mas eles riem sobre seus rios secos a jorrar
Correndo incansáveis para o além-mar...
Outononizo-me.
Loucura de anos em mim!
Voluptuosidades. Vida que se apressa.
Filme em convulsão
Imagens híbridas e epilépticas
Esqueléticas, irrizantes, esvázio-cheiantes
Múltiplas e coabitantes estações de pele
e de sangue.
Distorço-me.
Estou tonta de mim e meio zumbítica.
AAAAAAAAArrr! preciso regurgitar-me
Um pote de mundo por favor!
Deixa eu me jogar em qualquer abismo.
Cair no centro de mim...
Despenco-me.
Ouço o eco de minha queda que segue.
Passagens... Paisagens... Ausências...
Não sei quando chego e onde chego.
Infinitooooooooooooooo-me pra dentro de fora de mim...
Apenas sou-me. Imagine.
♫ "Imagine all the people
Living for today..." ♪
I'm NOT a dreamer.
And i'm NOT the only one.
Juliana Ponciri, 19 de setembro de 2010.
Oi minha Águia! Minha pepita de ouro! Minha parte!!! És incrivelmente PERSONAGENTE!!!
ResponderExcluirTenho muito orgulho de você!!! Que bom saber que as pessoas estão achando esse tesouro: suas obras! É isso aí amore! É bom saber que estás encontrando espaço pra publicar.
ResponderExcluir