quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Obá

Quem és tu ser cor de barro
Que em tantas esquinas esbarro
Que se me calo
Nunca diriges-me?

Quem és tu olhar de pseudo-calma
Aura de outono vaga
- híbrida agonia que cala -
Cheia de paisagens de mim?

Quem és tu vento de outrora
Resgate do ser-vivente-dentro-agora
Poesia que me acorda
Enquanto tantos faz dormir?

Quem és tu refinada elegância
Presença convite-à-dança
Pós-criatividade que esbanja
As multi-dimensões do existir?

Quem és tu atuação trans-artística
Comunicação holística
Apolínea timidez-mística
Capaz de me ebulir?

Quem és tu quietude que supõe carinho
Suavidade-aconchego de um ninho
Delicada ternura-receosa de menino
Que tanto foges de mim?

Quem és tu não sei mensurar.
Mas me intrigas o espírito, faz vibrar.
Doce e gentil paisagem
Que convida à re-pousar.

Juliana Ponciri

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