"Meu corpo já destruiu a ilusão de uma consciência de minha percepção com as coisas. Entre mim e elas, há, doravante, poderes ocultos, toda essa vegetação de fantasmas possíveis."
(Merleau-Ponty in "O visível e o Invisível", São Paulo: Perspectiva, 2003, p. 12)
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A máquina do mundo não está nos teus olhos
O turbilhão do tempo tiquetaqueia no pulsar cardíaco...
O turbilhão do tempo tiquetaqueia no pulsar cardíaco...
Que engrenagem é você?
O mundo te precisa?
Para o quê?
O mundo te precisa?
Para o quê?
Nos ciclos cósmicos destas luas
Os rios que menstruam quase secam antes de chegar ao mar...
Os rios que menstruam quase secam antes de chegar ao mar...
E quanto de mar cabe no teu diário amar?
Quanto de infinitude abarcas em teu ser?
Com que malemolência e dança tu embalas o bebê mundo?
Quanto de infinitude abarcas em teu ser?
Com que malemolência e dança tu embalas o bebê mundo?
A onda se doa à praia e morre no beijo da areia
Mas a onda só vai porque sabe que é mar
Que perder seiva e suor só te faz viver mais!
Mas a onda só vai porque sabe que é mar
Que perder seiva e suor só te faz viver mais!
E de tudo cá estamos eu e o horizonte co(n)fundidos num só
E tempo e espaço não existem mais
Tudo é canto de alma sereia
Dissolução tântrica, orgasmo de Yemanjá!
E tempo e espaço não existem mais
Tudo é canto de alma sereia
Dissolução tântrica, orgasmo de Yemanjá!
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