sexta-feira, 13 de maio de 2016

Vida Quente

O gris do tempo
O amargo das horas
O fosco embaçando os olhos..

As paisagens mesmas:
Mil rostos e nenhuma centelha. 
Tudo gente morta!

Cá estou eu também: 
Uma morta que pensa.

Por que caio em lugares de gente sem alma?

Período purgatório...
Quando é que a vida chega?
Ou quando cessa de vez...

Ar! Please.
Ar para meus pulmões cheio de lágrimas!
Luz para minhas células!

Vem, vida, sái do onírico!
Irrompa esta realidade!
Quero beijar-te a face rubra e cândida.

Saia. Entre. Seja ar!
Seja amar! Me águe, me regue, me alimente
Vida quente, me dance, me voe, me movimente!

Juliana Ponciri