terça-feira, 26 de janeiro de 2010

João - bobo vacilante

Lá estava eu denovo entre os descalços do persurso...
Vou. Porque preciso ir.
Tampouco sei dizer porque me faço precisar.
Mas preciso.
Quero no corpo a resistência que tenho no espírito.
A coragem e a certeza nas respostas.
Vou por entre a poluição gasosa, sonora, imagética, energética.
Vou comigo. Não sáio sem mim.
Hoje um jovem concurseiro me acompanhou.
Não estava nele. Sua energia era boa. Mas estava em mim.
Minha morada não é de cimento. É de matéria cósmica.
Mas eu sou acessível.
Corria e vez em quando respondia-lhe gentilmente em monosílabos.
Eu gosto de me alimentar de sonho.
Enquanto eu o ouvia, e,
nisso confio mas no que ouço do que no que vejo,
eu divagava sobre a vivacidade de idéias e ideais que eu tinha nesta idade...
Eu me renovo. E respeito, não posso destruir-lhe com meu realismo repugnante.
E vou...
Correr em dias frios é desafiador.
Me dóem os ouvidos. olvidome!
Como um soldado do tango vou cumprir a meta de minha dança interna.
Sigo. Sou. E vou.
Mas adiante, os olhos ardem. Os fecho.
E Vou.
Percorri mais da metade do que o outro dia. Quase o dobro.
Pra amigas que forem correr lembre-se:
Calcinha pequena entra lá... e as normais roçam a virilha.
Então, ou peguem a cueca boxer emprestado do teu namorado,
ou vá sem calcinha. Melhor que ventila! rs...
E Vou.
Tenho que frear meu ininterrupto pensar.
E policiar minha sobressaltante capacidade mimética.
Não olho aos lados, mesmo que olhe, meus olhos são sutis.
Meu passo é preciso. Sinto minha articulações, meus tendões.
Ouço a resposta que ele me dá.
Tenho olhos para dentro e para trás.
Os adolescentes mexem comigo, e eu digo: "diz-me meu rapaz!"
Eles assustam. Nada mais banal, o mundo já me assustou também.
Hoje eu perdi um pouco a dimensão do medo, e, talvez, da ansiedade.
Não gosto quando homens como C. passam por mim e despertam ternura.
Eu entrei para o teatro tempos atrás acreditando no belo e na sensibilidade.
Eu embruteci. Por conta do teatro e por conta da vida.
A arte como a vida são para os fortes.
É jubilar a verdade de dentro na vergonha de fora.
É ter coragem ao grito! de gozo, de dor, de amor (igualmente dor tb...rs)
É muito cômoda a atitude impressionista. Não digo a timidez verdadeira,
que é um misto de inocência, medo e não-lugar/não-tempo...
mas o impressionismo que é doença impregnada na sola da garganta
um câncer que vai se formando da vertigem do ego
um nauseamento de formas e medidas desmedidas que acovardam o caráter e o espírito.
Eu penso na ex-pressão dos bêbados...rs Eles são livres!
(como meus radicais livres... ai câimbra! rs)
AbsurdaMente livres! AbusivaMente livres! ...e fracos!
E eis que o expressionismo vem para os corajosos como o não-limite aos sonhadores.
E agradeço aquele jovem ter com-part-ilhado sua vontade comigo.
O mundo como vontade de representação...
Ai Schopenhauer, meu rei Arthur que torna minha terra, ops, távola tão redonda...rs
Quão dilatante é minha mensuração ante à tua nobreza de idéias...
a VONTADE é o princípio fundamental do movimento do uni-verso...
e o desejo de não-desejar torna a coisa ainda mais desejante...
Eu gosto da brisa no rosto.
Não mais pensarei.
Vou.
Fui.
Irei.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

La escritura del TIGRE

"Un hombre se confunde, gradualmente con la forma de su destino; un hombre es, a la larga, sus circustancias." 

Siempre he creído en la tranfiguración del hombre en divindad... Hubieran privilegiados y pocos momentos en mi vida en los cuales yo, tan pequeña y mortal, tube la certeza de que respiraba con el pulmón del universo... UNA. Disipavanse las diferencias, los elementos todos... 

TUDO ERA TODO. (e aqui faço uso do português necessariamente) 
Hubo la instauración de un no-tiempo y un no-lugar... un estado de suspensión... Y, en mi humildad, se me preguntaba... ¿que pasó acá? Desentendimiento. És increible la capacidad que él tiene de describir todo con imagenes... davero uno puede sentirse "todo poderoso" en estos momentos... pues que esta fuerza se despierta el dios que vive en nosotros... el BIEN SUPREMO se hace. y todo conviertese en plena armonía: EQUILÍBRIO. 

 "Entonces ocurrió lo que no puedo olvidar ni comunicar. Ocurrió la unión con la divinidad, con el universo (no sé si estas palabras difieren). El éxtasis no repite sus símbolos; hay quien ha visto a Dios en un resplandor, hay quien lo ha percibido en una espada o en los círculos de una rosa... Yo vi una Rueda altísima, que no estaba delante de mis ojos, ni detrás, ni a los lados, sino en todas partes, a un tiempo. Esa Rueda estaba hecha de agua, pero también de fuego, y era (aunque se veía el borde) infinita. Entretejidas, la formaban todas las cosas que serán, que son y que fueron, y yo era una de las hebras de esa trama total. y Pedro de Alvarado, que me dio tormento, era otra. Ahí estaban las causas y los efectos y me bastaba ver esa Rueda para entenderlo todo, sin fin. ¡Oh, dicha de entender, mayor que la de imaginar o la de sentir! Vi el universo y vi los íntimos designios del universo. Vi los orígenes que narra el Libro del Común. Vi las muchas montañas que surgieron del agua, vi los primeros hombres de palo, vi las tinajas que se volvieron contra los hombres, vi los perros que les destrozaron las caras. Vi el dios sin cara que hay detrás de los dioses. Vi infinitos procesos que formaban una sola felicidad y, entendiéndolo todo, alcancé también a entender la escritura del tigre." (estupendo! transcendente! mágico! JLBorges)